17 de mar. de 2009

...

Pois é querida.
Estive aqui durante algum tempo
a meditar sobre as tuas palavras.
Justamente hoje, quando recebi
da amiga Florinda um presente
lindo que me revelou as dimensões do universo
de uma maneira como eu nunca antes imaginei...
Ora, uma vez que somoz todos iguais,
e viemos todos de uma molécula ínfima de carbono,
nós, as plantas, os animais e tudo mais,
e outra vez que somoz (nesse caso o planeta)
de um tamanho que não pode ser visto
a alguns anos luz daqui, assim como não vemos
as células na superfície da flor,
digo que só posso concordar contigo.
A duração um ano luz pra nós, não seria a mesma
do nosso ano gregoriano pra uma formiga?
Estamos por aqui durante tão pouco tempo
diante da imensidão das estrelas e temos tanto a aprender.
Como pode o homem perder tempo separando-se de outros
em função da vestimenta, quando
todo mundo nasce e morre nu?
Ainda mais em tempos onde a solidão
é uma das maiores queixas humanas.
Porque eu deveria ser uma coisa só
quando posso ser todas que quiser?
Ah, companheira, mas o homem é um ser contraditório.
Isto posto, só nos resta amar nosso próximo seja ele quem for.
Seja ele hippie, bikkie ou trikkie.
Que bom que independente do que ou de quem somos
conservamos intocada nossa capacidade de espalhar o amor.
E que alegria ter os guizos do teu chapéu
colorido fazendo plim plim, a me acompanhar,
seja na vida, na arte, nas dores
ou simplesmente quando somoz bêbadas
equilibristas numa noite de sábado qualquer.

2 comentários:

kuroyAmaSUN disse...

coloca esse link nas nossaz coisas: http://www.flickr.com/photos/fefreire

e sem mais, amor universal!

Anônimo disse...

Não sei qual das duas postou, mas parabéns a quem escreveu. Não pensei na perspectiva de seres humanos e não humanos serem um só. Só havia pensado nnos homens como seres isonômicos a partir de uma partícula, que chamos de um ponto central de humanidade, e feito relações entre esse ponto e o universo infinito/particulares. Mas nunca tinha, realmente, pensado sobre a vida não humana entrando nesse corpo único.

Em relação ao texto que me refiro, posso dizer que é sempre bom viajar em outros mundos (o de vcs, no caso) e ver que eles são tão próximos aos meus. Talvez eu realmente seja narcisísta, ou quiçá, o que eu chamo de narcisismo, seja apenas a confirmação de que somos um só. Será que o encontro, é apenas uma confirmação que somoz?