29 de out. de 2010

a saga do siso

Companheira!
escrevo esse texto agora, semi dopada,
chegando em casa depois de arrancar 3 sisos.
Com a cara completamente torta.
Aviso logo que não tem nada demais esse post,
é só pra desabafar e registrar o momento em
que eu enfrentei uma das coisas que mais tinha medo na vida.
Estava tensa. Pesquisei horrores na internet
e entre amigos que já tinham passado pela experiência
porque a desinformação é a mãe do medo,
e o medo é o pai da dor, então...
me informei, respirei, e fui.
Com a cara e a coragem.
Na verdade, mais cara do que coragem,
mas fui.
Cheguei lá tudo tranquilo,
conversa um pouco com a dentista,
muito simpática, fui me tranquilizando.
Anestesia, vamos arrancar primeiro os de cima.
Saíram fácil, não senti nada, demorou nem 15 minutos,
me animei. Aí foi a vez do inferior, maldito inferior.
Mulher, eu sofri. A anestesia não pegava de jeito nenhum,
a mulher cutucava, mexia, minha cabeça sacudindo
e o negócio doendo... foi me dando uma vontade de vomitar.
Mais anestesia, e nada de parar de doer. Uma hora se passou,
eu lá na cadeira a boca aberta e a mulher martelando,
isso mesmo, martelando o tal do dente.
Resolveu partir ele em dois.
Cutucou, bateu mexeu, puxou, um trabalho braçal,
eu já tava suando. Partiu o dente, não em dois,
mas em três pedaços, até que o bicho desistiu
de lutar e resolveu sair.
Um dente muito acomodado esse, acho que ele gostava de
morar ali e não queria sair dali de jeito nenhum.
Mas eu fui forte e a dentista também
e enfim acabou o sofrimento.
Saldo final: um siso mutante, com 5, isso mesmo, 5 raízes.
O dobro do tamanho do dente superior,
nem sei como cabia na minha boca.
Te digo que preferia encarar três trabalhos
de parto de doze horas como o do Lucas
a passar por isso de novo.
Mas entre mortos e feridos salvaram-se todos.
E eu tô muito feliz de não ter mais aquelas
monstruosidades inúteis dentro da boca.
Agora vou ficar três dias de molho, tomando sorvete e sopa fria.
Pelo menos vou perder uns quilinhos.
E guardei os dentes pra te mostrar.
Não sei porque me veio uma idéia louca de enterrá-los
e plantar uma árvore em cima.
A árvore do juízo.
Me ajuda a plantar?

Amarfilhompas filhonépticas
de amor azul anil.

Plim!

PS: será que agora que eu tirei o siso,
meu juízo vai acabar? o pouco que ainda resta?
o.O

18 de out. de 2010



Estas são florzinhas de gratidão e amor.

Elass assim arrupiadas, me lembram vc!

Beijos

15 de out. de 2010

Maria Gugulina, meu amor.

Querida irmã,
essa semana completou um ano que vc foi morar em SP. Confesso que cheguei a duvidar que fosse, até te ver embarcar e quando finalmente foi, compreendi o princípio do amor que diz que quando a gente ama quer ver o outro feliz, mesmo que isso doa em nós. Sinto sua falta e sempre sentirei pois sei que o mundo é sua casa. Mas mais que isso, admiro sua coragem e tenho tanto orgulho de ser sua irmã. Esses dias - em função da viagem do nosso pai Juquinha de Tal para o grande reencontro com a 'Nossa Humanidade' - pensei muito no poder do amor e da amizade e de como o tempo não passa quando esses sentimentos são reais. Nós somos assim. Seremos sempre Dodó e Gugu e sempre existirá em qualquer época os bobotrolhos e vermóis lencelhos e as gargalhadas antes de dormir. São tantas coisas que queria te dizer e acabei achando um texto* no blog de uma menina que escreve umas coisas muito lindas. Então resolvi transcrever aqui o que li, que me chamou a atenção por resumir de uma forma delicada e cheia de poesia muito do que eu te desejo nessa vida.


Prece para quem se ama

'Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles que mais sofrem, seja lá por que sofrem. Desejo que os nós que apertam o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho.Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias até encontrar o seu tesouro... Que saiba sempre compartilhar a sua felicidade, o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, e sentir medo de ser carregada junto com tudo o que parecerem arrastar, você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-la. Que já saiba maneiras de respirar mais macio quando as circunstâncias lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante para nunca desistir.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia que cada onda diz...

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos, nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que continue a ter sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e a convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para se fazer feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, mais partilhe, sem medo, a beleza que desde sempre você é. Que se sinta livre e louca o bastante pra deixar a sua essência florir.

Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, sinta sempre o meu amor incondicional, exatamente como neste instante.'


te amo muito e estarei sempre aqui,
com onomatopéias, alegrias e tudo mais
que a vida nos permitir!

*texto belíssimo de Ana Jácomo,
extraído do blog Cheiro de flor quando ri.

11 de set. de 2010

sim

eu também não tenho vergonha de ser como sou Isa. hoje mesmo estava pensando nisso, basta a gente se aceitar, sem esforços. E quem amar a gente, vai amar de verdade verdadeira, sacou? Hoje me identifiquei muito com o Lucas. eu vinha pela rua, feliz, lépida... ouvindo música e me movimentando mais ou menos como ele, aqueles movimentos de trem, só que eu não imito um trem, sei lá o que eu imito, fiquei me mexendo no metrô, não conseguia parar, estava contagiada por uma energia... contagiante. E vim assim, serelepe até quase em casa (chegando perto de casa, cansei), dando saltitos saltitantes emérferóicos. Mas imagino que o povo na rua deva ter pensado que eu era autista ou louca mesmo, sei lá. Não importa, o que importa é ser feliz. E se pr'ocê doeu menos a distância fazer o maior estardalhaço por conta de dois dias... então tudo bem. E pleno.


plim!

10 de set. de 2010

sentimental eu sou

Irmã querida, vou escrever isso aqui pra compartilhar com você,
pois acho que é uma das únicas pessoas capazes de
compreender esse naipe de loucuras do meu coração
murcho feito uva passa.

Tô triste, muito triste agora, e resolvi escrever pra não chorar.
Porque o Fabio está viajando pra São Paulo nesse momento e
quem vê minha agonia pensa ele vai passar dois meses longe,
ou até mais, rumo ao Paquistão. Mas ele só vai passar um dia.
Isso mesmo, 24 horas. a trabalho. longas 24 horas. sigh.
Talvez isso não seja normal, quer dizer,
eu tenho medo de avião, e tenho mais medo
ainda de avião com meu marido dentro.
Queria entender o que me move nessas horas,
ou melhor, que sentimento estranho é esse que paraliza,
entorpece meus sentidos, pra mim tudo está suspenso agora,
tudo em pause, esperando ele voltar, o meu môr.
Podem me chamar de doida, podem rir de mim,
na verdade nem faço questão que ninguém entenda.
É uma coisa minha e vai ver que nem ele mesmo entende.
tudo bem. talvez um dia eu mesma vá rir disso.
É bom rir de si mesmo.

Sei que não nasci colada nele, e que vivi 21 anos sem ele,
mas isso foi antes de saber que ele existia, e agora que a vida
é em par, é difícil ser só de novo nem que seja por um dia.
Veja bem, não acredito nessa coisa de que somos um só.
Somos é dois mesmo. e brigamos. E eu gosto de ficar sozinha
de vez em quando, mas é bem diferente quando você escolhe
e quando a coisa te é imposta goela abaixo.
Nós escolhemos estar aqui, e é a primeira vez em sete anos
que eu não tenho o calorzinho dele pra esquentar os meus pés
de madrugada.

Quando éramos pequenas nosso pai viajava muito a trabalho,
sempre, ás vezes ficava fora vários meses.
Não sei como nossa mãe sobreviveu, sinceramente.
ela diz que isso é uma bobagem, que todo mundo viaja,
que ele ia mas voltava, e o fato é que ela sobreviveu.
Diz que não foi difícil, mas não posso acreditar que tenha
sido simples assim, que ela tirou a coisa de letra.
Sei sim, que lá no fundo ela ficava como eu, só que
é uma mulher fina e elegante, uma verdadeira lady,
quem a conhece sabe que não é dada a chiliques.
Não sei a quem puxei.

Sei que eu é que sou dramática. e exagerada.
Depois de passar trinta anos ouvindo isso, achei melhor assumir.
Mas diria também em minha defesa que pessoas dramáticas
e exageradas geralmente são pessoas apaixonadas,
e eu não saberia viver de outra maneira.
Sou assim mesmo e vou levando a vida
com pontadas no coração aqui e acolá.
A vida não tem graça sem emoção.

Não vou me estender mais, que é pra não ficar chata.
Não estou querendo convencer ninguém de nada, não acho
que esteja certa nem errada, apenas sou assim e
não tenho vergonha nenhuma de ser assim.

Sei que continuarão dizendo que sou louca,
que sou uma dependente emocional, e milhões
de outras teorias psicológicas. mas não tô
nem aí pro psico-lógico.

eu prefiro pensar que isso é amor,
e o amor não precisa ter lógica.

Estava com saudades de escrever aqui.
Mialhos e farulhos, da sua irmã drama queen.


26 de jul. de 2010

caminho

e por vicejar ser livre
a menina árvores, em cores de luz;
por desejar em folhas
ela se pintava ao sol
lagarto borboletear
de ano novo estelar

nisso, os pássaros florando
em brotar de asas
se reuniram na relva
orvalho de ser manhã

se (me) espaço em nuvens,
em meninos e meninas,
e na pipa serpeando azular

tudo isso pra descobrir
que em mim mora o mar

11 de jul. de 2010

coração em ação



porque a gente pode ser tudo que quiser!

24 de mai. de 2010

borboletas

Mana do Céu

que saudades! poizé que coragem a gente tenha nessa nossa caminhada de mãos dadas sem tocar, onde o virtual e os fios loucos da distância nos unem... pela força do corazon. Nosso coração único cheio de saudades. Dos pássaros, das risadas, da música do vento nas árvores, e da dança das estaladeiras.

Fogueiras e música.

Tenho cá comigo as borboletas na cabeça, no estômago, um quê de amor pueril, uma coisa doida dentro que aquece o peito. Seja pelo que for, a vida pulsa daquele meu jeito lindo e esfuziante que você conhece bem quando estou cheia do meu entusiasmo. Marianices.

Aqui não tem jeito, as vezes você se sente meio amalucado pelas ruas com a sinfonia do movimento de tudo ao mesmo tempo. Muitas mentes e vozes falando sem parar em um ritmo frenético. Me pego caminhando no meu passo meio lento quase como se fosse um crime... aconchego, sem esse passo não vivo. Não que num vai me ver correndo por aqui, por que tem momentos em que vôo ligueiro. Só hoje mesmo senti isso. As pessoas passando rapidamente por mim, ventos. prezo esse sentimento de ir um pouco na contra mão, respirando calma.

Fazer o que afinal, preciso viver a minha filosofia do movimento slow life aqui também, da melhor forma que posso. Suspiros. Estive na praia recentemente, o som do mar não me acalentou, sinto falta do burburinho de um rio, mexericando faceiro pelas pedrinhas, Cachoeiras.

E o sol debaixo das árvores verde jade também, faz falta da gente lá. Mas nem sempre. Aqui irmã a Terra também me faz sentir tanto amor quanto acredito. É preciso coragem pra acreditar no que se está, vivo, manifesto... plural.

Amar!

21 de mai. de 2010

pra nós duas, em qualquer tempo. só por garantia.

amiga, irmã, companheira de todas
as horas mesmo que distante....
passo por aqui agora, nessa madrugada feliz,
apenas pra reafirmar o que a gente já tá cansada
de saber, mas é sempre bom relembrar...
O que a vida quer da gente é coragem.
Coragem. Palavra bonita, sonora, coragem.
É preciso uma boa dose de coragem
pra seguir em frente quando chove muito
e a estrada é de terra, enlameada, e não
se vê nada a frente além do cinza...
Ter coragem é natural, nunca acredite em
ninguém que lhe diga o contrário.
A gente respira fundo... e vai.

27 de abr. de 2010

juquismos

Companheira, hoje passei por uma situação
que merece ser contada aqui. Vou contar a
história do começo e aviso logo que o post é longo.

Antes de mais nada, está acontecendo aqui
em Fortaleza mais uma edição do Dragão Fashion Brasil,
que como vc sabe é um evento de moda nacional, etc e tal.
Pois bem, guarde a informação.

Eu estava sábado passado na casa de nossa mãe, quando
ouço o burburinho. Era o cidadão que budejava, se queixando
que havia sido escalado para ser intérprete num evento,
de segunda até quarta e que ia ter de ficar lá de duas ás dez,
sem direito a estacionamento,
sem vale refeição, que era um absurdo, etc.
That's ok, eu concordei com ele, paciência.
Nem fiz nenhuma conexão. Passou-se.

Ontem, eis meu diálogo com a mamãe:
- vou ter que levar teu pai lá praquele negócio,
ás duas da tarde, nesse calor!
- mas afinal que negócio é esse meu deus?
- é o dragão fashion, minha filha.
o.O
- comassim? - foi a minha indignação - pôxa, eu tava doida pra ir
e não tinha convites, CLARO que ele deve ter convites,
porque não me disse antes?
- e teu pai lá sabia do que se tratava? ele me disse
que o evento era um tal de "dragon",
assim mesmo, falado em inglês.
Ok, ok, ele não é interessado em moda, né? Normal.

Mais tarde ela me liga pra dizer que tinha levado ele,
que saiu apressado, todo aperreado, ela sugerindo levar a
câmera fotográfica e ele dizendo que não ia precisar,
que não dava tempo, ia se atrasar, tu sabe bem como é.
Mas tinha falado com ele e conseguido entradas
pra irmos hoje, nós duas. (ôba!)
(Logo depois recebo uma ligação dele mesmo, o próprio,
todo lépido, contando que estava lá com a Ana Hickman,
cercado de modelos lindas, mulheres maravilhosas!
E dizendo que pena que tinha se esquecido da câmera.
ôôô mulher...)

Mas vamos em frente.

Hoje na hora combinada eu me embelezei e fomos ao evento,
felizes, eu e mamãe. Encontramos logo a Joana, que tinha
entradas para assistirmos a um desfile, depois fomos lanchar,
tomamos uma cervejinha, tudo muito legal.
Lá pelas tantas surge o digníssimo senhor, muito satisfeito,
com uma taça de champanhe na mão, dizendo que vai
dar uma passada no stand e vai pra casa.
Mas quando passamos em frente ao local ele ainda estava lá.
O stand do Senac é ótemo, movimentado, com bebidinhas free,
entramos. Fiquei por ali observando o entorno, uma tacinha
aqui, outra ali, de repente escuto alguém falando do Jum.
Jum pra cá, Jum pra lá, pensei comigo: será? Era.
Apurei a vista e dei de cara com ninguém
menos que o Jum Nakao.
Eu sou fã do trabalho dele mas como não faço o tipo
tiete enlouquecida jamais, continuei na minha
e comentei com eles quem era, discretamente.
E o nosso pai, reação imediata:
- claaaaro, o Jum, já conversei com ele! (todo íntimo)
Nessa altura do campeonato tu já visualizou tudo né?
Quando o estilista passa pra pegar uma bebida,
papai carinhosamente o chama em japonês:
- Nakao san!
E me apresenta pro homem, dizendo 'ela é sua fã!'...
Quase morri, mas fiquei firme. Conversa vai, conversa vem,
papai todo orgulhoso diz que as filhas são artistas, e que tem
uma que é estilista também e mora em SP, vai logo explicando
a origem do nome kuroyama, o cara interessado diz 'é mesmo?'
e quando eu dei por mim não tinha mais jeito,
ele se saiu com essa, no melhor estilo simpático Juca de tal:
- mas me dê o seu contato, eu posso lhe mandar um email,
vc me dá seus telefones, pra ela poder lhe ligar...
bem assim como quem fala com o verdureiro da esquina.
Ao que o rapaz muito elegante declina da oferta, dizendo
que celular é só em caso de emergência, que prefere
se comunicar por email, claro.

E eu degringolada da bolota, histérica, não sabia se ria
ou se chorava pedi ajuda até pra santa briguilina...
mas fiquei muda, impassível, se tivesse aberto a boca
a emenda seria pior que o soneto, imagina eu interrompendo
o diálogo pra explicar que o cara é uma celebridade e que só
quem tem o número dele é a mãe dele.

E claro que terminou tudo bem afinal ninguém tem
obrigação de saber quem é Jum Nakao,
muito menos nosso querido pai.
Depois expliquei pra ele quem é o cara e nós rimos demais
com o lapso, tô rindo até agora, ô mulher,
o bichinho querendo promover os teus
talentos... ôôôôô... kkkkkkkk.
(aliás, tu precisa ver a cara de feliz, quando alguém diz
'ahhhh, o sr é o pai da mari?'... isso porque ele não pode
ver uma pessoa tatuada com arabescos que vai logo
perguntar se foi tu quem tatuou.)

E no fim das contas eu ainda bati uma foto
com o cidadão, que posto aqui depois!
No mais é isso, estamos todos bem,
as saudades e o amor de sempre.


.


PS um dia depois: quando cheguei em casa ontem
mandei um email pra ele, com o link do site,
pra ele saber quem é Jum Nakao.
E a resposta hoje de manhã foi que depois disso
tudo ele até sonhou com o homem, veja bem... :)

4 de abr. de 2010

jovens

menina, fizemos um ano, como somoz jovens.
eu acabei de voltar da páscoa em Garça, interior onde mora a vó da Mari.
pintamos um muro lá e também começamos a finalizar um panô que fizemos juntas no Sarau do CCRV. Nossa, mas estou com poucas palavras, tem muitos pensamentos na minha mente, porém, estão líquidos... gasosos? Estou me sentindo livre como um pássaro.

Saudades.
Love

olhaí um desenhinho feito a 4 mãos com a Mari:


para ver as artes da Mari vai em http://www.flickr.com/photos/mariana_peron

não consegui fazer o link aqui, sorry.


Beijos mis de coelha

3 de abr. de 2010

a propósito...

Irmã,
nosso blog completou seu primeiro ano de vida
no dia dez de março, e a gente nem se lembrou
de comemorar, até porque estamos longes.
mas faço votos de continuidade, aqui, ali ou acolá.
Que coisa, quando inventamos de escrever aqui
não imaginamos que um dia estaríamos distantes
e que esse espaço seria tão útil.
Deus nos dê intiligença, sensatez e boas histórias,
quié pro registro perdurar, pros meus fis, pros teus fis
que ainda hão de vir, pros nossos netos, e pra quem mais
se interessar pelas nossas onomatopâncias.
Eu, particularmente, tenho sido muito feliz aqui.
Funciona melhor que terapia e é de graça.

te amo sempre.

Parabéns pra nozes!!!

postagenzinha tímida de páscoa.

estou abrirmovélica baimosa.
quero juntar os trocados pra passear na terra da garoa.
sei marroquifazênão. priciso oiá nos oim do meu amô.
saudades milhostenálicas chúlvilhas, queria que tu tivesse
aqui, laricando chocolates de páscoa comigo.
nosso pai fez preces hebraicas ontem no almoço
e meus zóim sinchero d'água, pensandinti.
aiai.

PS: e nessa época de vacas anoréxicas
em assuntos telefônicos, só posso dizer:
ainda bem que temos um blog!!!
Viva o lépidas!

21 de mar. de 2010

em defesa da diversão

Irmã, eu chego agora em casa, depois de um loooongo
domingo, peço desculpas por mais uma vez escrever nesse
estado, inevitável. Os eflúvios do álcool me deixam emotiva,
saudosa. Fui buscar o Lucas hoje e ele sente tantas saudades
da tia Gugu e fala nisso o tempo todo... e nosso querido pai
veio me contar das saudades do menino com uma cara inegável
de que a saudade é dele também... fiquei chorosa.
Chorosa, mas feliz, sempre feliz. Cheia de idéias na cabeça,
coisas pra te dizer e é foda, todas as vezes que eu vou pra
esbórnia e me divirto assim eu me lembro de ti, por que será?...

Bom, não vou me estender muito,
dizem que quem bebe perde credibilidade.
Então serei sucinta e lépida, sem perder a fagueirice.
Isso sim, é muito importante: é preciso se divertir,
se divertir é preciso. Simples assim.
A vida é dura e temos contas a pagar
e tudo mais. E os tempos estão mudando, então,
mais do que nunca cultivemos o hábito da diversão
não importa o que aconteça,
não importa onde estejamos.
Diversão é solução sim, diversão é solução pra mim!
É preciso conservar intacta a capacidade
de se encantar e de se surpreender com a vida.
Divirta-se daí que eu me divirto daqui
e a gente se vai se encontrando em sonhos.
Te amo e até já.

PS: Acabei de reler o que escrevi e constatei que não
escrevi metade do que queria. Mas acho isso uma coisa boa,
em alguns casos, pra não correr o risco de falar mais do que
se deve. Acho que escrevi o que fui capaz de bem escrever, entende?
A propósito, foi muito, mas muito bom mesmo,
ouvir a tua voz ontem. Fez toda a diferença na
disposição pra diversão de hoje.
Minha irmã, minha irmãzinha querida.
Tu foi minha primeira boneca.
E nossa infãncia nunca esteve tão presente.

PPS: acabei de perceber que a maioria das minhas
postagens tem a ver com TPM ou embriaguez, ó céus.

PPPS: chove na madrugada de Fortaleza.
Depois de um longo e tenebroso verão, a chuva
resolve chegar, justo na madrugada do dia 19 de março,
e chove sempre desde então.
Agora ouço trovões. Viva São José!

13 de fev. de 2010

...

a gente nunca perde tempo, estamos sempre ganhando aprendizado.

2 de fev. de 2010

homens, tremei.

Querida irmã,
você bem sabe que nunca acreditei em coisas como
o diabo, demônio, tinhoso e entidades malignas do gênero.
Sempre concordamos que o mal mora mesmo é dentro de nós,
dividindo o espaço a duras penas com nossos mais elevados
sentimentos de bondade, etc. Pois eis que hoje eu me deparo
mais uma vez com a questão, de forma inexorável, inescapável,
e me ponho a elucubrar sobre o mal em mim. Sim, ele mesmo.
O MAL. Uma coisa grande e pastosa, fervente e borbulhante.
moléculas em ebulição. Uma comichão nos braços e nas pernas,
a cabeça pequena demais para o cérebro.
Não é possivel que isso seja uma coisa minha, entende?
Não, não, é algo externo, isso não faz parte de mim, certeza.
Ora, sem dúvida alguma, obra dele, do capiroto.
Nessas horas sou obrigada a acreditar que ele existe,
nada mais natural. Quem afirma que o dito cujo foi
inventado por Deus ou pelo homem, nunca topou com
uma mulher as vésperas de menstruar.
Me ajude a entender: a TPM é obra do cão, ou
foi uma mulher com TPM quem inventou o maldito?
Não se pode atribuir tamanha atrocidade emocional
apenas aos ciclos lunares, nossa mãe lua tão linda
e branca no céu não poderá ser a única culpada.
Não sei. Só sei que esse descontrole não é bom.
Definitivamente.
A coisa além de tudo ainda me deixa burra.
Um verdadeiro perigo para a sociedade.
Feliz da nossa santa mãe que diz que nunca teve isso,
ela que é um ser altamente evoluído, das estrelas,
porque nesse momento eu me sinto a própria
filha de lúcifer, Deus que me perdoe.
Aliás, me perdoe você e nossos pobres leitores,
se é que ainda nos resta algum,
depois dessas manifestações negras.
Ainda bem que são só alguns dias,
porque nem eu mesma me suporto.
Quer coisa mais humilhante do que uma criatura
que chora alto pelos cantos, um choro deplorável,
por qualquer motivo, uma topada no mindinho é a morte.
Ó céus. Ainda bem que tu me ligou hoje, naquela hora crítica
e ainda bem que era tu ao invés de um incauto inocente.
Sinceramente, desculpe pelo choro e as lágrimas amargas
e todo aquele horror, ai de nós. Vou parar de me lamentar.
Foi só um desabafo necessário e humano,
demasiadamente humano, pronto falei.
Até porque tava te devendo um post.
Pena que tenha que ser algo tão terrível.
Mas tudo bem. Assumo a minha condição de mulher
vulnerável aos hormônios e sigo em frente, lépida,
porque o tempo não pára nunca, a louça tá na pia,
amanhã o menino tem escola e tudo mais.

Mas cá entre nós, acho que deveríamos ter um pouco
mais de respeito pelo capeta. Quem sabe convidá-lo
para um chá (de preferência de camomila)
seja mais educado do que tentar expulsá-lo
aos berros da nossa existência menstrual.
Até porque enquanto a gente grita e esperneia
e se esvai em cólicas, o cidadão fica ali, espreitando
e se rindo da nossa cara, o que só nos deixa mais
nervosas e suscetíveis.

Coragem. Afinal, é só o que a vida quer de nós.

Um beijo tepeêmico e choroso,
mas cheio de amor.
Inté.


''O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe
mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de
existir para haver - a gente sabendo que ele
não existe, aí é que ele toma conta de tudo.''
Guimarães Rosa.

20 de jan. de 2010

Isa companheira
tava reparando nas nossas fotos no fim do blog
nossa senhora, como o tempo muda nosso redor.
Como era bom ter um atelier e um quintal rodeado de árvores.
Hoje preciso andar pelo menos 4 quarteirões pra abraçar uma árvore frondosa.
Sinto falta daquele espaço sem tempo e tanta amplidão pra criar.
Adoro esse movimento, essa cidade maluca, mas te digo,
tem nada melhor que a calmaria do mato.
Estou aqui agora, estou aqui e o meu coração, bate aqui
sonhando com uma mesa longa e um atelier novo, bioconstruído,
uns pés de plantas... uma composteira funcionando a todo vapor.
E, como sempre, aquele meu sorriso de "seja bem vindo"
Poisé. Mas tbm, começa aqui minha peregrinação. E logo mais...
O planeta gira, e me reposiciona no meu melhor lugar.
E finfírnicos farfulantes pra ti!
Beijos

10 de jan. de 2010

abrindo em espiral...

irmã, eu tinha de esperar um leve nível alcoólico pra responder. tudo bem que já passou e agora meus sentimentos flutuam de leve pra questão dos tantos mil km que nos separarão em breve. viva o tim infinity e o poder do pensamento que une a gente. aqui é um lugar tão bom... SP tbm é um lugar tão bom, de repente eu sinto que na verdade, eu me sinto bem nos lugares onde vou, acho que consegui fazer com que eu mesma seja meu conforto, minha casa. se orgulha de mim por favor? no mais estou aqui remoendo minhas loucuras, gargalhando internamente, apreciando a delícia que é reencontrar vc e a nesse midst que é nossa alegria juntas! E nem faltou a Josana, pois claro, brindamos a ela... tu se lembra? Minha nossa senhora da cevada! Te amo querida.