11 de set. de 2010

sim

eu também não tenho vergonha de ser como sou Isa. hoje mesmo estava pensando nisso, basta a gente se aceitar, sem esforços. E quem amar a gente, vai amar de verdade verdadeira, sacou? Hoje me identifiquei muito com o Lucas. eu vinha pela rua, feliz, lépida... ouvindo música e me movimentando mais ou menos como ele, aqueles movimentos de trem, só que eu não imito um trem, sei lá o que eu imito, fiquei me mexendo no metrô, não conseguia parar, estava contagiada por uma energia... contagiante. E vim assim, serelepe até quase em casa (chegando perto de casa, cansei), dando saltitos saltitantes emérferóicos. Mas imagino que o povo na rua deva ter pensado que eu era autista ou louca mesmo, sei lá. Não importa, o que importa é ser feliz. E se pr'ocê doeu menos a distância fazer o maior estardalhaço por conta de dois dias... então tudo bem. E pleno.


plim!

10 de set. de 2010

sentimental eu sou

Irmã querida, vou escrever isso aqui pra compartilhar com você,
pois acho que é uma das únicas pessoas capazes de
compreender esse naipe de loucuras do meu coração
murcho feito uva passa.

Tô triste, muito triste agora, e resolvi escrever pra não chorar.
Porque o Fabio está viajando pra São Paulo nesse momento e
quem vê minha agonia pensa ele vai passar dois meses longe,
ou até mais, rumo ao Paquistão. Mas ele só vai passar um dia.
Isso mesmo, 24 horas. a trabalho. longas 24 horas. sigh.
Talvez isso não seja normal, quer dizer,
eu tenho medo de avião, e tenho mais medo
ainda de avião com meu marido dentro.
Queria entender o que me move nessas horas,
ou melhor, que sentimento estranho é esse que paraliza,
entorpece meus sentidos, pra mim tudo está suspenso agora,
tudo em pause, esperando ele voltar, o meu môr.
Podem me chamar de doida, podem rir de mim,
na verdade nem faço questão que ninguém entenda.
É uma coisa minha e vai ver que nem ele mesmo entende.
tudo bem. talvez um dia eu mesma vá rir disso.
É bom rir de si mesmo.

Sei que não nasci colada nele, e que vivi 21 anos sem ele,
mas isso foi antes de saber que ele existia, e agora que a vida
é em par, é difícil ser só de novo nem que seja por um dia.
Veja bem, não acredito nessa coisa de que somos um só.
Somos é dois mesmo. e brigamos. E eu gosto de ficar sozinha
de vez em quando, mas é bem diferente quando você escolhe
e quando a coisa te é imposta goela abaixo.
Nós escolhemos estar aqui, e é a primeira vez em sete anos
que eu não tenho o calorzinho dele pra esquentar os meus pés
de madrugada.

Quando éramos pequenas nosso pai viajava muito a trabalho,
sempre, ás vezes ficava fora vários meses.
Não sei como nossa mãe sobreviveu, sinceramente.
ela diz que isso é uma bobagem, que todo mundo viaja,
que ele ia mas voltava, e o fato é que ela sobreviveu.
Diz que não foi difícil, mas não posso acreditar que tenha
sido simples assim, que ela tirou a coisa de letra.
Sei sim, que lá no fundo ela ficava como eu, só que
é uma mulher fina e elegante, uma verdadeira lady,
quem a conhece sabe que não é dada a chiliques.
Não sei a quem puxei.

Sei que eu é que sou dramática. e exagerada.
Depois de passar trinta anos ouvindo isso, achei melhor assumir.
Mas diria também em minha defesa que pessoas dramáticas
e exageradas geralmente são pessoas apaixonadas,
e eu não saberia viver de outra maneira.
Sou assim mesmo e vou levando a vida
com pontadas no coração aqui e acolá.
A vida não tem graça sem emoção.

Não vou me estender mais, que é pra não ficar chata.
Não estou querendo convencer ninguém de nada, não acho
que esteja certa nem errada, apenas sou assim e
não tenho vergonha nenhuma de ser assim.

Sei que continuarão dizendo que sou louca,
que sou uma dependente emocional, e milhões
de outras teorias psicológicas. mas não tô
nem aí pro psico-lógico.

eu prefiro pensar que isso é amor,
e o amor não precisa ter lógica.

Estava com saudades de escrever aqui.
Mialhos e farulhos, da sua irmã drama queen.