22 de jun. de 2009

nós em cores







Pensei em muitas coisas para pôr aqui com essas fotos
e não achei as palavras em mim nem em nenhuma citação.
Cansada de buscar, descobri que as fotos falam por si
e o que fica é a beleza da transformação.
Ou como vc mesma diria, apenas plim!

17 de jun. de 2009

snépilhus*

Isa... mire veja. Eu assino embaixo de todas essas coisas que você disse. Cidadão que rosna é um negócio complicado, embora, qdo a gente rosna pra ele... ele tem um certo medo e a coisa se resolve, mas daí é uma resolução de tia pra sobrinho, entenda. Mãe é uma outra catiguria da qual eu só entendo por observamento. Por enquanto eu me igualo... e rosno. (!)

Hoje resolvi deixar de ser uma exclamação urgente e me estendi ao mar. Agora eu sou Mar de Mariana. Isso por que a Nina (que coisa mais linda é essa? G-zuiz!) Não foi a primeira a não entender quem é quem aqui nas nossas 4 mãos.

Ontem tive crises de riso no twitter. A Mari, ex colega minha do Irmã Maria, diz as coisas mais engraçadas deste meu Brasil varonil. Meu aniversário está chegando e com ele mais um tick do tick tock que é viver. Assisti Beinjamim Button pela 2ª vez e tive a certeza de que este é meu filme favorito dentre todos do cinema mundial. Mas peralá. Ainda não vi HOME. Mesmo assim, a impermanência do filme do Button me faz chorar de um jeito que não dói. É mais um consolo sobre tudo desta vida tão ligueira. Hoje sou mariana e você isadora, amanhã... depois de enterrados os ossos (ou cremados, no meu caso) seremos outra coisa no plano etérico talvez rumo a outro planeta, outra realidade, outro tempo. Certamente é comovente sentir tão forte dentro da gente os ciclos de vida-morte-vida. Como disse Gabert "A vida é sua mais bela invenção e a morte, um artifício para ter mais vida..."

Mamãe parou aqui pra ler teu último post e deu sua cota de risadas. Ontem ela fez ambrosia... ai ai, nem me bate a passarinha. Por que eu só prefiro o chocolate? Não precisa responder. Tem coisas que o corpo sabe melhor que a cabeça.

Estou lépida! Tem uma muda de graviola e outra de cedro vicejando na minha sementeira! Que bom ajudar a dar à luz à vida. Flores



*o nome snépilhus é uma onomatopéia nascida e criada a partir da palavra snap, que uso no somOz para postar coisinhas ligeiras.

16 de jun. de 2009

e a música já dizia...

Querida irmã,
antes de mais nada saiba que te amo também,
loucamente, respondendo ao seu post anterior.
E peço desculpas por não comentá-lo diretamente,
mas é que hoje só tenho cabeça para o que se segue...

Não sei se você se lembra dos nossos tempos de infãncia
onde a lei que imperava era a famosa "lei de chico de brito"
ou em outras palavras, "escreveu, não leu, o pau comeu",
onde crianças eram apenas crianças,
e tinham que respeitar os mais velhos,
onde um simples par de olhos arregalados
já funcionava como aviso e era suficiente
para a gente saber o que NÃO fazer.
E obedecíamos, resignadas, por vezes insatisfeitas,
mas felizes na segurança de um amor
que sabia dizer não e que isso era para o bem.
E te digo hoje, e acho que concorda comigo,
que a dita lei não nos tornou seres complexados,
traumatizados ou com qualquer tipo de desajuste social,
muito pelo contrário, pois nos considero
com onomatopéias e tudo,
pessoas muito bem resolvidas,
graças a Deus e a nossos pais.
Digo isso porque observo já há tempos
uma certa tendência a permissividade,
vamos chamar assim, por parte de pais,
educadores, psicólogos e afins.
Desde que me tornei mãe, sempre tive como
uma das maiores preocupações a questão
de saber educar na base do diálogo, sem palmadas,
tendo em vista que estou lidando com outro ser humano
que, como todos, merece respeito, amor e coisetal.
Mas posso dizer também, após cinco anos no cargo,
e sem férias, que de vez em quando a velha e boa lei
se faz necessária. Não que eu ache que a criança
precisa de peia, por assim dizer,
não vamos banalizar a coisa.
Mas acredito firmemente que a maior prova de amor
que posso dar a meu filho é ensiná-lo a respeitar certos limites,
pra que a própria vida não se encarregue da função,
mais tarde, quando ele já estiver adulto,
visto que aí a peia é muito mais dolorosa.
No fim das contas, é de pequenino que se torce o pepino, sim.
Nem que pra isso eu precise deixá-lo sem NENHUM brinquedo
durante uma semana, sem televisão, computador e tudo mais.
E em último caso, se o cidadão AINDA tiver coragem
de rosnar (!) pra mim como um selvagem de cara franzida,
eu não hesitaria em dar-lhe uma boa palmada, ou duas,
mesmo que isso contrarie avós, tios e simpatizantes.
Pois posso afirmar com segurança que a melhor
psicologia infantil é descoberta e aplicada ali,
no grosso dos dias, a gente só aprende vivendo.
Duvido que haja por aí um único cidadão nesse mundo
de meu Deus que tenha conseguido sobreviver
a uma criança de cinco anos, endiabrada,
sem recorrer a qualquer tipo de castigo
ou algum resquício da antiga lei.
É justamente por serem 'cristais' que sabem a que vieram,
têem um entendimento maior das coisas e tiram proveito disso,
não vamos subestimar nossas crianças.
E ao meu ver, isso só aumenta
a responsabilidade materna de orientar
e (tentar) direcionar para o bem todo esse potencial.
Porque uma coisa é certa, acredite:
crianças serão sempre crianças por mais evoluídas que sejam,
e o papel dos pais é sempre o de educar e impor limites,
desde que o mundo é mundo que é assim.
Bem sei que elas tem muito a nos ensinar, e quero aprender.
Mas eu aprendo com meu filho enquanto mostro pra ele
que todos os nossos atos tem consequencias, aqui, ali ou acolá,
e que não é porque ele é pequeno que pode tudo.
Tenho plena consciência das consequencias dos meus atos
como mãe, tudo na vida é escolha.
E eu escolho as críticas sem medo, se a recompensa
pelo meu esforço for um cidadão bem preparado pra vida.
Certeza absoluta que a criança emburrada
e de cara feia de hoje será o adulto
equilibrado de amanhã e com ótimas lembranças
e histórias pra contar, assim como nós.
Te digo tudo isso com a clareza mental,
o coração tranquilo e a confiança cega
de quem age por amor.
E tenho dito.

"...pois ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais..."

14 de jun. de 2009

Le Cirque de la vie

Poisé irmã,
meu nojo absoluto da erradicação de árvores teve de ser engolido quando eu recebi um convite grátis pra sentar nas primeiras filas do Cirque du Soleil. Meu asco primordial era saber se as pessoas da comunidade seriam beneficiadas - já que as árvores foram limadas da existência [={]. E, sim, pude conferir mais de 100 crianças com blusinhas da prefeitura entrando no espetáculo. Bem, para o espetáculo eu realmente não tenho palavras. É pura arte humana visual sincrônica-corporal. Entre outras especificidades que ficarão para qdo nos encontrarmos ao vivo novamente.

Logo depois de assistir ao espetáculo eu dormi e viajei primeira coisa do dia seguinte, para o interior a fim de dar continuidade ao trabalho com arte e agricultura biodinâmica. E após matutar alguns momentos eu senti, mais do que pensei, que ao invés de reclamar de "pequenos" problemas ambientais, devo propagar verdadeiras soluções. Já que reclamar de fogo pequeno não resolve, tenho que ser bombeiro do mundo. Faz sentido? Poisé! E três vivas de São João à Agricultura Orgânica e à Biodinâmica e à .

Outra coisa que notei esses dias, e que realmente me incomodou, foi o fato de muitos seres humanos ainda repararem tanto nos outros, nas aparências, nas vestimentas, nos hábitos, colocando rótulos, separando-se deles, como se não fossemos todos cabeça, tronco, joelho e pé. E por suas vidas girarem - mesmo que por poucos minutos de conversa - em torno disso. Quanto tempo será que vai levar pra essas pessoas repararem na Terra como um organismo vivo e na humanidade como uma parte integrante ativa e/ou inativa dos seus processos? E a partir daí, pensarem e agirem em prol das soluções? Nem posso ter nojo, pois daí estarei julgando e este não é o meu papel. É preciso compreender e ter paciência. E tal.

& Hoje você foi embora e eu fiquei com saudades. Você estava tão lindinha sentada no pé da cama... uma fadinha. Me arrependi de não ter adiado meus planos e não ter lhe dado o que me pediste. Perdão. Te amo sem fim, dando voltas. & Preciso logo logo sentar no seu jornal.

inté amor (!)

5 de jun. de 2009

sigh

ai ai irmã. estou poucas palavras fagueiras. mas só agora
jajá volto com força total... e aquele papo das árvores do cirque du soleil?
que NOJO!
Tiram as árvores da praça em "benefício" da cultura, mas e o pessoal da comunidade local? Vai ter a chance de assistir a pelo menos um espetáculo?